Exame revalida

Veja o que é preciso para atuar como médico fora do Brasil

Assim como ocorre no Brasil, que revalida os diplomas estrangeiros por meio de uma prova, o profissional brasileiro que pretende atuar como médico fora do Brasil também terá que cumprir algumas exigências.

Cada país tem seu método próprio para revalidar o diploma dos profissionais estrangeiros.

Alguns são parecidos ao Revalida, exame utilizado aqui no Brasil a essa finalidade.

Já outros tem processos bastante rigorosos o que dificulta atuar como médico fora do Brasil.

 

Países para atuar como médico fora do Brasil

 

Alguns países incluem somente a prova como método de ingresso na profissão, como é o caso da Inglaterra. Ela utiliza esse método para testar os conhecimentos em medicina dos profissionais. Na Europa o processo tem bastante variações.

Um exemplo é Portugal, que deixa a revalidação por conta dos conselhos científicos das universidades. Neste caso, o conselho avalia o currículo da instituição a qual o médico se graduou, além de verificar se ele possui a mesma qualidade da formação de um médico formado no país.

Um dos processos mais rígidos acontece nos Estados Unidos onde, muitas vezes, é exigido dos profissionais a realização de cursos adicionais no país,  de forma a igualar a qualidade de conhecimentos aos médicos locais.

Logo, isso também pode ser exigido em outros países.

Separamos alguns países para que você entenda como funciona cada processo de revalidação, assim sendo pode cogitar aquele que está mais ao seu alcance na hora de atuar como médico na Europa.

ESPANHA

Os hospitais e centros de saúde bem equipados são um diferencial quando se trata do bem estar dos pacientes.

No entanto, esse é um dos motivos que leva os estudantes, ou médicos já formados, a decidirem atuar na Espanha.

Mas cidadãos sem nacionalidade na União Europeia, precisam apresentar seu diploma, assim como alguns outros documentos para o Ministério da Educação.

Portanto é feito um processo de homologação, o mesmo é adotado para outros profissionais fora da área da saúde que queiram atuar no país.

Deste modo, como esse processo é feito?

Homologação do título

Por certo, seu primeiro passo deve ser solicitar ao Ministério de Educação Espanhol a homologação do título de medicina realizado no Brasil.

Essa opção está aberta o ano todo, bem como, é necessário apresentar os seguintes documentos para que seu pedido seja analisado:

  • Formulário, que você pode preencher no site do Ministério de Educação Espanhol.
  • Fotocopia autenticada do seu Passaporte ou documento de identidade.
  • Fotocopia autenticada do seu diploma de medicina.
  • Fotocopia autenticada do histórico acadêmico, nele precisam constar as seguintes informações: duração do curso, carga horaria das disciplinas, plano de estudo, etc.
  • Pagamento de uma taxa.
  • Certificado de competência linguística para exercer a profissão na Espanha.

Por isso, é importante lembrar que todos os documentos devem ser oficiais, devem estar apostilados (apostila de Haia) e ser traduzidos para o espanhol por um tradutor juramentado.

Depois, ainda assim, é só aguardar a resposta do Ministério de Educação Espanhol, e essa resposta pode ser positiva ou negativa.

Em caso de ser positiva, você receberá uma notificação para retirar sua credencial.

Mas se for negativa, você precisará realizar estudos complementares.

Com o título em mãos

Agora com seu título homologado, o segundo passo é realizar algumas provas.

Para isso você deve se preparar para o exame MIR (Médico Residente Interno).

Geralmente esse exame é realizado em centros de estudos especializados.

Em suma, o exame MIR, é uma prova nacional convocada pelo Ministério da Saúde para médicos que desejam obter uma formação especifica.

Mas se você quer ser médico na Espanha, você também terá de realizar esse exame.

Todavia, esse exame é formado por 225 perguntas do tipo teste, onde a cada resposta correta você ganha três pontos e a cada incorreta você perde um.

A nota final é composta pelo resultado do exame MIR que será somada com seu expediente acadêmico.

As vagas destinadas a médicos estrangeiros gira em torno de 4%.

Contudo, não podemos nos esquecer que para poder participar, o estudante precisa ter uma autorização de residência na Espanha, como o visto de estudante, por exemplo.

Além de possuir um certificado de nível superior (C1 ou C2) do Castelhano.

PORTUGAL

Quem tem formação fora do país ou da União Europeia, precisa pedir a chama equivalência de grau, emitida pelo Conselho Científico das instituições de medicina em Portugal.

Desta forma, após a equivalência, os profissionais ainda precisam solicitar um registro para Ordem dos Médicos de Portugal.

Como esse processo é feito para atuar como Médico Fora do Brasil?

O pedido de equivalência pode ser realizado na maioria das Universidades portuguesas que tem o curso de Medicina:

  • Universidade de Lisboa
  • Universidade Nova de Lisboa
  • Universidade do Algarve
  • Universidade do Porto – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
  • Universidade do Porto – Faculdade de Medicina
  • Universidade da Beira Interior
  • Universidade do Minho

De tal modo, uma vez por ano as universidades abrem os seus editais para o processo de equivalência de diploma médico, normalmente durante o primeiro semestre.

Essas universidades tem certa liberdade para estabelecer regras do seu próprio processo de equivalência.

Entretanto existe um padrão estabelecimento das seguintes fases sucessivas e eliminatórias, de forma que são divididas em 4 fases:

Etapa documental

Assim que o edital for aberto, o estudante ou médico formado, deve, desta forma, providenciar e apresentar junto aos Serviços Acadêmicos da Universidade escolhida.

Assim, toda a lista de documentos especificada no edital, juntamente com o comprovante de pagamento da taxa de inscrição.

Normalmente, para brasileiros, é necessário apresentar os seguintes documentos:

  1. Diploma;
  2. Histórico Escolar completo;
  3. Ementa de todas as disciplinas cursadas;
  4. Documento de Identificação do requerente (passaporte);
  5. Conversão da escala numérica das notas;
  6. Dissertação, Monografia, Trabalho de Investigação, Relatório de Estágio ou Curricular.;
  7. Documento de reciprocidade entre países;
  8. Curriculum Vitae (com conteúdo e formato adequados ao processo).

Em síntese, é importante que não se esqueça que seus documentos devem estar devidamente apostilados.

A entrega dos documentos, portanto, deverá ser feita pessoalmente pelo estudante.

Prova escrita

Essa etapa é composta por um exame objetivo, contendo  120 questões de múltipla escolha das grandes áreas da medicina.

Nela, o candidato deverá, certamente, pontuar pelo menos 50% das questões.

Prova prática

É realizado o atendimento de casos clínicos reais e uma discussão junto a um grupo de professores selecionados.

O candidato terá um ou dois pacientes para entrevista, análise clínica e redação do respectivo relatório completo, que, logo, poderá conter:

  • anamnese
  • exame físico
  • proposta de diagnóstico provisório
  • requisição de exames complementares
  • discussão de diagnóstico diferencial
  • estabelecimento do diagnóstico definitivo, proposta terapêutica
  • prognóstico

Posteriormente (no dia seguinte), o candidato apresentará os casos e irá discutir os relatórios elaborados, junto a um grupo de professores designados.

O candidato também deverá atingir pelo menos 50% do valor da prova para aprovação.

Prova pública

Essa última etapa da avaliação consiste na apresentação da dissertação de Mestrado do candidato perante um júri de Professores designados.

Muitas Faculdades também aceitam outros tipos de documentos em substituição à dissertação.

Apresentação de uma monografia, trabalho científico relevante, relatório de estágio ou relatório curricular circunstanciado são alguns exemplos.

Se o juri considerar o desempenho positivo, atribui ao candidato uma nota de 10 a 20.

Sendo assim, a classificação final do processo de equivalência de Medicina resultará da média, na escala de 0 a 20, obtidas nas provas.

Por isso, não há dúvidas de que estudar fora é uma experiência incrível e agrega muito ao currículo, principalmente na área da medicina.

ESTADOS UNIDOS

No país a licença é obtida pela Comissão Educacional para Médicos Graduados Estrangeiros (ECFMG), onde devem receber um certificado para a revalidação.

Desta maneira, também é comum que os profissionais precisem realizar alguma formação adicional nos Estados Unidos para receber essa certificação do ECFMG.

Ainda assim, fora esse certificado, as universidades são avaliadas pelo Comitê Nacional sobre Educação Médica Estrangeira e Acreditação (NCFMEA).

Em resumo, esse órgão tem como objetivo analisar os padrões utilizados para a acreditação das instituições em outros países, de modo a que sejam equivalentes aos padrões que são empregados pelas universidades americanas.

Isso facilita o intercâmbio entre profissionais estrangeiros a instituições do país.

Os índices apontam que os EUA têm cerca de 25% de médicos estrangeiros atuando por lá.

 

Mas como realmente funciona esse processo para atuar como Médico Fora do Brasil?

Muitas pessoas dizem que você terá que voltar à faculdade por 1 ou 2 anos, porém isso é um mito.

Entretanto, lamento te informar, sua residência médica não é aceita lá, você terá que começar tudo do zero.

Assim sendo, o processo para validar o diploma é por meio de uma prova, que é a mesma que os estudantes de medicina americanos prestam para serem médicos.

A USMLE (United States Medical Licensing Examination) é composta de 4 testes, os famosos STEPs!

Desta forma, é importante lembrar que todos os testes são em Inglês, para avaliarem sua proficiência na língua e conhecimento médico ao mesmo tempo.

Igualmente será necessário enviar traduções juramentadas do diploma e do histórico escolar, juntamente com um formulário autorizando que eles confirmem esses seus dados junto à sua faculdade.

Agora, sobre as provas, elas estão abertas o ano todo.

Assim que você pagar a inscrição e tiver seus documentos confirmados, já está liberado para agendar as provas.

Porém é muito importante que você saiba, essa prova é uma chance única.

Então se você tirar uma nota ruim, não será possível prestar ela novamente e melhorar essa nota, você vai carregar sua nota por toda vida.

Step 1:

Avalia os assuntos relacionados ao ciclo básico da Medicina, essa é a prova mais importante para a classificação na residência.

Step 2:

É dividido em duas provas: Clinical Knowledge e Clinical Skills.

  • O Step 2 CK é a prova teórica da parte clínica da Medicina.
  • Step 2 CS, é a prova prática.

As duas focam o diagnóstico das patologias.

Como não é mais necessário prestar o TOELF, sua a proficiência em Inglês será avaliada no Step 2 CS, de forma que você terá que atender pacientes americanos e fazer o diagnóstico das doenças.

Step 3: nele você também irá avaliar a parte clínica, mas agora não só a parte do diagnóstico, mas todo o tratamento do paciente.

O Step 1 e o Step 2 CK podem ser prestados no Brasil, mas o Step 2 CS e o Step 3 só nos Estados Unidos.

Diferente do Brasil, nos EUA você não precisa fazer uma prova para cada hospital de interesse.

No país, você prestará os Steps e eles farão uma combinação entre os seus locais de prova e as instituições de preferência, baseado, nas suas notas.

Logo após as provas, você não pode esquecer que ainda existe a questão do visto. O residente pode conseguir os vistos J1 ou H1B.

  • J1: Ele te permite ficar o período da residência nos Estados Unidos, mas ao final do programa você é obrigado a voltar para o seu país de origem e permanecer nele pelo menos 2 anos.
  • H1B: Esse visto permite ajuste de status, mas há um número limitado de emissões por ano e médicos também concorrem com as outras carreiras.

O visto que os hospitais mais optam é o J1.

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